quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um revolucionario a caminho da evolucao

O ar que respiro hoje e' curto e pesado. Nao sei mais quem sou. Ou quem ja' fui. Tento desesperadamente me achar nesse abismo que e' a mente. Minha alma grita e nao consigo escuta-la. So' ouco ecos no coracao. E um vazio que congela todo o meu ser.

Sinto medo. Culpa. Dores. E nao ha' tylenol que resolva. Tudo que faco, ja' nao tem mais os mesmos gostos de outrora. Todos os desejos antes proferido, se esvai nas areias da vida.

Penso que morri, se ainda nao, pelo menos os sonhos se foram. O que sonhar agora? Como trazer de volta o pouco amor que ainda conservava no coracao? O ar sufoca, da calafrios, e tento de alguma forma, encher esse vazio que me corroe.

Longe estou da minha terra. Mas, qual e' minha terra? Qual e' minha natureza? Minha real essencia? Deus existe? Por que tantas duvidas? Como posso duvidar de Deus se ainda presevo o meu coracao? Mesmo que esteja dilacerado, como posso me considerar um poeta? Devo se-lo? Ou, nao passo de um louco que acredita e vivencia sua propria loucura?

Percebo que ninguem me senti ou sou tao bom ator para interpretar a alegria. Nao tenho respostas...

A saudade hoje e' grande. Quando relaxo meu corpo sinto meu coracao bater descompassadamente e um medo me domina. Pavor. Angustia. Ah Deus, onde estaras tua voz? Onde sera que ela ecoa? Tenho direito, eu, um pobre humano, digno de piedade, ouvir sua doce voz, sentir sua luz e amar incondicionalmente a vida?

Ai de mim! Que tragedia me meti! O que fiz eu de mim mesmo? Ha' perdao?

Desejo que todos os meus sonhos, os antigos, aqueles que me fazia sentir vivo quando ainda era uma crianca ingenua e sem maldade, possa um dia voltar a tona e me fazer sentir seu filho!

Nao ha' sofrimento. E' o que me dizem os grandes mestres espirituais. E continuam dizendo que e' apenas um processo. Um simples processo para a evolucao da alma.Alma que grita desesperadamente pela paz mas que nao ouve e nao da sinal de vida.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Perdido na Multidao

Me olho no espelho depois de anos
Nao me reconheci, de fato, minto pra mim mesmo:
se passaram apenas alguns meses.
O mundo cai por entre os ossos do corpo
que destroi os sonhos e os desejos
ja nao sintia a felicidade
passava despercebida por entre os becos da cidade
Me vejo sozinho, de novo, olhando no espelho
irreconhecivel,
quem sou?
perdi o chao, o rumo
calado fico sem saber o que pensar
evito trafegar nas ruas ou avenidas
prefiro apenas a minha companhia.
Me distanciei, me maltratei, me julguei
e agora, o que eu espero de mim?
Sera essa a revolucao que tanto esperei?
Evolucionar minha alma?
Nao sei nao sei
Quero reconhecer-me na multidao
Quero sorrir; abracar meu coracao
Quero botar meus pes no mundo
Quero desejos da crianca que fui
e o romantismo larguei
O espelho quebrou e agora posso me conhecer.