domingo, 3 de junho de 2012

Olhos Verdes

Quero te escrever em rimas
poemas, poesias, alegrias
O canto que nao cantava mais
hoje insiste em viver
Coragem que nao havia
esta guardado no coracao em harmonia
Quero te traduzir em palavras
vasculho novas nos dicionarios
em livros classicos e modernos
literatura barroca, romantismo
mas sinto que nao ha palavras
tento criar as minhas, brincar com as letras
besteira de crianca
o amor nao se traduz
Minha imaginacao e' fertil
tem vida propria e me aproprio do que me faz bem
Entre vias e becos
ruas e avenidas, voce insiste em aparecer
miragem ou realidade
pouco importa aquele que quer viver
O que sinto agora
e' um pedacinho do meu bem querer
Ah, quantas estorias pra se viver
quantos amores pra se sentir
quantos lugares pra conhecer
O coracao de agora, deseja sorrir
alegremente, como quem acaba de nascer
Todavia, canto com palavras ritmicas
o amor que ha em mim
descobrindo todos os dias
que teus olhos verdes cor do mar
e' alegria de me fazer sorrir.

Ha' uma fada que conheci...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Dia em que a Terra parou

Foi dezembro que o mundo parou. Uma explosao. Um choque. Coracao acelerado. E um mundo na minha cabeca. Gritante. Gritava ate que eu pudesse ouvi-lo. " Para para, por favor,ja ouvi, nao grita, ja entendi, lhe ouco, deixa eu sair. Por favor, pare o mundo, preciso descer" Foi entao que pela primeira vez eu desci. Cheguei no mundo; mas ja me perdi.

Desde entao a vida nunca mais foi a mesma. Que bom. Pois, que adianta explodir e continuar a mesma pessoa. Os mesmos habitos. Os mesmos problemas. Chega. Basta. Metamorfose Ambulante. Somos todos.

Pude senti-lo, pela fresta da mente aberta, o coracao querendo viver. Ah, tao suave, tao belo, porem, silencioso. Ja nao sei mais como faco, aquilo que nao desfaco, por favor, de-me um laco, preciso embrulhar e jogar no rio que passo.

Foi em dezembro que morri. Sim. Morri por morte anunciada. Diferente daquela morte matada ou morte morrida. A morte anunciada quem diz e' voce mesmo. Uns chamam de consciencia outros, nao sei o nome que dao.

O dia em que a terra parou, foi em dezembro. Mas ele voltou a girar e eu, voltei e me perder. Ate quando?
Ate crescer e cair de novo. Pare o mundo, preciso descer...


terça-feira, 1 de maio de 2012

Devaneios de um Poeta

Hoje a vida se tornou um pouco mais seria. O que antes nao percebia ou nao sentia, agora grita desesperadamente para ser ouvido. Sinto uma necessidade imensa em dar vida a essa nova energia. A crenca de outrora que, antes era apenas proclamada sem nenhuma consciencia, hoje pede para ser vivida e desapegar de tudo o que atrapalhava. Fui surdo, cego e mudo. Preciso gritar dentro de mim mesmo, preciso ouvir tudo aquilo que falo e preciso ver tudo aquilo que nao queria enxergar.

A consequencia da vida e' um abismo da nossa libertinagem. Nos sufocamos. Somos nossos proprios demonios. Precisamos mata-los antes que nos proprio nos mate.

Os fantasmas existem e precisamos ouvi-los. O medo que sentimos e o pavor que temos do desconhecido pode ser a forca exata que precisamos para vence-los diariamente. Em todos os sentidos; sentidos esses que precisam ser reconhecidos.

Quem somos? Quais as nossas causas? Temos alguma? Nossa ideologia, qual e'?

O auto-conhecimento e' a chave para o verdadeiro conhecimento. Quem se habilita? Sera que eu, esse mero poeta sem lar e sem paradeiro, conseguira vencer seus proprios demonios que o acompanha desde ha muitos anos?!!Essa duvida me perseguiu a vida inteira e hoje, creio, a resposta esta mais perto do que imagino mas que, o apego ao mundo material, nao permite enxergar. Ou, o medo do desepego e' maior do que tudo. Sera? Acredito na ideia de que tudo se torna verdade aquilo que repetimos mais de uma vez. Quem me disse isso foi um grande amigo, tambem cigano do mundo e que guardo comigo para nunca esquecer que quem escreve nossa historia somos nos mesmos!

No entanto, agradeco 'a vida por ter se tornado cada vez mais seria. A consciencia eh tao grande quanto nossa alma e nossa forca. E voce, o unico que le essas meras palavras, sabe da forca que tem sua consciencia?!Apesar da queixa que faco e das duvidas que tenho, ja pude sentir na pele a forca da consciencia. E digo mais, e' o momento mais emocionante que o ser humano pode ter.

A perdicao desta alma e' grande mas entretanto, ha ainda uma luz no fim do tunel que ja consigo enxergar. So preciso agir e nunca mais mentir a mim mesmo.No mais, tudo o que escrevo sao apenas devaneios de alguem que nao tem o que fazer e que a verdade e' apenas um conviccao pessoal. Cada um tem a sua.

Boa Noite!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um revolucionario a caminho da evolucao

O ar que respiro hoje e' curto e pesado. Nao sei mais quem sou. Ou quem ja' fui. Tento desesperadamente me achar nesse abismo que e' a mente. Minha alma grita e nao consigo escuta-la. So' ouco ecos no coracao. E um vazio que congela todo o meu ser.

Sinto medo. Culpa. Dores. E nao ha' tylenol que resolva. Tudo que faco, ja' nao tem mais os mesmos gostos de outrora. Todos os desejos antes proferido, se esvai nas areias da vida.

Penso que morri, se ainda nao, pelo menos os sonhos se foram. O que sonhar agora? Como trazer de volta o pouco amor que ainda conservava no coracao? O ar sufoca, da calafrios, e tento de alguma forma, encher esse vazio que me corroe.

Longe estou da minha terra. Mas, qual e' minha terra? Qual e' minha natureza? Minha real essencia? Deus existe? Por que tantas duvidas? Como posso duvidar de Deus se ainda presevo o meu coracao? Mesmo que esteja dilacerado, como posso me considerar um poeta? Devo se-lo? Ou, nao passo de um louco que acredita e vivencia sua propria loucura?

Percebo que ninguem me senti ou sou tao bom ator para interpretar a alegria. Nao tenho respostas...

A saudade hoje e' grande. Quando relaxo meu corpo sinto meu coracao bater descompassadamente e um medo me domina. Pavor. Angustia. Ah Deus, onde estaras tua voz? Onde sera que ela ecoa? Tenho direito, eu, um pobre humano, digno de piedade, ouvir sua doce voz, sentir sua luz e amar incondicionalmente a vida?

Ai de mim! Que tragedia me meti! O que fiz eu de mim mesmo? Ha' perdao?

Desejo que todos os meus sonhos, os antigos, aqueles que me fazia sentir vivo quando ainda era uma crianca ingenua e sem maldade, possa um dia voltar a tona e me fazer sentir seu filho!

Nao ha' sofrimento. E' o que me dizem os grandes mestres espirituais. E continuam dizendo que e' apenas um processo. Um simples processo para a evolucao da alma.Alma que grita desesperadamente pela paz mas que nao ouve e nao da sinal de vida.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Perdido na Multidao

Me olho no espelho depois de anos
Nao me reconheci, de fato, minto pra mim mesmo:
se passaram apenas alguns meses.
O mundo cai por entre os ossos do corpo
que destroi os sonhos e os desejos
ja nao sintia a felicidade
passava despercebida por entre os becos da cidade
Me vejo sozinho, de novo, olhando no espelho
irreconhecivel,
quem sou?
perdi o chao, o rumo
calado fico sem saber o que pensar
evito trafegar nas ruas ou avenidas
prefiro apenas a minha companhia.
Me distanciei, me maltratei, me julguei
e agora, o que eu espero de mim?
Sera essa a revolucao que tanto esperei?
Evolucionar minha alma?
Nao sei nao sei
Quero reconhecer-me na multidao
Quero sorrir; abracar meu coracao
Quero botar meus pes no mundo
Quero desejos da crianca que fui
e o romantismo larguei
O espelho quebrou e agora posso me conhecer.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Machado de Zellus

O palco silenciou-se. Uma voz foi perdida. E uma estrela acabou de nascer. Todas estrelas que habitam este universo sao particulas de uma vida que se transformam em luz eterna. Cadente somos todos. Brilhamos eternamente. Somos anjos. Nascemos pra cantar.

A voz que, antes queriam silenciar, continuara viva no coracao nosso. Proclamando, cantando. Fazendo da vida (e morte) um eterno palco iluminado.

Abram-se as cortinas; acendam-se as luzes; toquem os sinos e parem, por obsequio: Agora, a hora e' sagrada! Saudemos o magico da palavra publica; sua cancao sera bomba explodindo os timpanos de cada transeunte; teus poemas, versos, metaforas, sera metralhadora nos que estagnaram-se. Tua estoria sera a consagracao para o sagrado eterno. Ah, meu grande amigo...

Desfrutara agora a vida Dionisiaca: tornou-se um mito. Baco esta organizando a festa para recebe-lo. Por voce, brindarei um vinho a calar a aqueles que temem-o.

Portanto, me calo! Serei apenas ouvido e coracao. Querendo ouvir a cantiga: cirandar nas areias do tempo e do espaco. E nunca esquecer do Machado: sera' a arma para zelar o amor que ecoa.

Ele nunca se calou - celestial foi a vida que levou!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Amor Mudo

 Poeta Chileno - Pablo Neruda - Um sorriso incontestavel e inconfundivel. Unico. Metaforico.

Nao consigo falar do amor.
Nem as dores que sinto
se transformarao em palavras.
Nao ha' sentimento.
Apenas um desejo romantico
Um jantar a luz de vela
e a companhia, o sorriso dela.
Cansei de querer falar do amor
e' ignorante o poeta que vive falando do amor
O amor e' cego e mudo;
so' nao surdo.
Ele so' ouve a voz do coracao.
(que sao musicas para os ouvidos)