segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Dia em que a Terra parou

Foi dezembro que o mundo parou. Uma explosao. Um choque. Coracao acelerado. E um mundo na minha cabeca. Gritante. Gritava ate que eu pudesse ouvi-lo. " Para para, por favor,ja ouvi, nao grita, ja entendi, lhe ouco, deixa eu sair. Por favor, pare o mundo, preciso descer" Foi entao que pela primeira vez eu desci. Cheguei no mundo; mas ja me perdi.

Desde entao a vida nunca mais foi a mesma. Que bom. Pois, que adianta explodir e continuar a mesma pessoa. Os mesmos habitos. Os mesmos problemas. Chega. Basta. Metamorfose Ambulante. Somos todos.

Pude senti-lo, pela fresta da mente aberta, o coracao querendo viver. Ah, tao suave, tao belo, porem, silencioso. Ja nao sei mais como faco, aquilo que nao desfaco, por favor, de-me um laco, preciso embrulhar e jogar no rio que passo.

Foi em dezembro que morri. Sim. Morri por morte anunciada. Diferente daquela morte matada ou morte morrida. A morte anunciada quem diz e' voce mesmo. Uns chamam de consciencia outros, nao sei o nome que dao.

O dia em que a terra parou, foi em dezembro. Mas ele voltou a girar e eu, voltei e me perder. Ate quando?
Ate crescer e cair de novo. Pare o mundo, preciso descer...


terça-feira, 1 de maio de 2012

Devaneios de um Poeta

Hoje a vida se tornou um pouco mais seria. O que antes nao percebia ou nao sentia, agora grita desesperadamente para ser ouvido. Sinto uma necessidade imensa em dar vida a essa nova energia. A crenca de outrora que, antes era apenas proclamada sem nenhuma consciencia, hoje pede para ser vivida e desapegar de tudo o que atrapalhava. Fui surdo, cego e mudo. Preciso gritar dentro de mim mesmo, preciso ouvir tudo aquilo que falo e preciso ver tudo aquilo que nao queria enxergar.

A consequencia da vida e' um abismo da nossa libertinagem. Nos sufocamos. Somos nossos proprios demonios. Precisamos mata-los antes que nos proprio nos mate.

Os fantasmas existem e precisamos ouvi-los. O medo que sentimos e o pavor que temos do desconhecido pode ser a forca exata que precisamos para vence-los diariamente. Em todos os sentidos; sentidos esses que precisam ser reconhecidos.

Quem somos? Quais as nossas causas? Temos alguma? Nossa ideologia, qual e'?

O auto-conhecimento e' a chave para o verdadeiro conhecimento. Quem se habilita? Sera que eu, esse mero poeta sem lar e sem paradeiro, conseguira vencer seus proprios demonios que o acompanha desde ha muitos anos?!!Essa duvida me perseguiu a vida inteira e hoje, creio, a resposta esta mais perto do que imagino mas que, o apego ao mundo material, nao permite enxergar. Ou, o medo do desepego e' maior do que tudo. Sera? Acredito na ideia de que tudo se torna verdade aquilo que repetimos mais de uma vez. Quem me disse isso foi um grande amigo, tambem cigano do mundo e que guardo comigo para nunca esquecer que quem escreve nossa historia somos nos mesmos!

No entanto, agradeco 'a vida por ter se tornado cada vez mais seria. A consciencia eh tao grande quanto nossa alma e nossa forca. E voce, o unico que le essas meras palavras, sabe da forca que tem sua consciencia?!Apesar da queixa que faco e das duvidas que tenho, ja pude sentir na pele a forca da consciencia. E digo mais, e' o momento mais emocionante que o ser humano pode ter.

A perdicao desta alma e' grande mas entretanto, ha ainda uma luz no fim do tunel que ja consigo enxergar. So preciso agir e nunca mais mentir a mim mesmo.No mais, tudo o que escrevo sao apenas devaneios de alguem que nao tem o que fazer e que a verdade e' apenas um conviccao pessoal. Cada um tem a sua.

Boa Noite!