sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"...ele não bate na porta..."

Por alguns instantes o passado veio a tona.Palavras ditas e jogadas fora.Desejos queridos e esquecidos no mar.Por alguns instantes o passado voltou como gota de orvalho.Um oásis sutil.Um deserto vil.
O passado volta sem porquê, quando, como e onde.Não avisa.Não marca horas.Ele chega de repente e depois vai embora.Trás consigo oras lembranças boas oras lembranças que queremos esquecer.Mas ele vem.Vem sem perguntar se a porta está aberta.O passado não bate na porta.Ele vem pelo ar, oxigenio.Pela fumaça do cigarro.Pela sonoridade do coração.Voce sente, passeia com ele pelo tempo e ele se vai.E voce fica, sentado, lembrando ainda daquele passado que as vezes, se faz tão presente quanto a vida de agora.

Por alguns instantes, todos aqueles sonhos sonhado juntos formaram pétalas de flor.Um girassol.Se formou as cores do arrebol.Formou...O que formou?Nada.Nada se forma quando deixamos de sonhar.Igual um desenho inacabo tentando criar uma forma.Mas ele ainda não tem a devida forma.Podendo ter, se o sonho dele de existir for o mesmo do desenhista que o desenha.Caso contrário não passará de um forma querendo ter vida.

Por alguns instantes o passado voltou.Mas ele não bateu na porta.Ele entrou e depois foi embora esperando voltar outra hora.

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